

Petróleo afunda mais de 6% devido às tarifas de Trump e ao aumento acelerado da produção da OPEP+
Os preços do petróleo registaram uma queda acentuada esta quinta-feira, pressionados por dois acontecimentos de grande impacto: a decisão do grupo OPEP+ de acelerar o aumento da produção de petróleo já em maio e o anúncio de novas tarifas comerciais abrangentes por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quarta-feira.
Por volta das 13h05 GMT, os futuros do Brent recuavam 4,93 dólares, ou 6,58%, situando-se nos 70,02 dólares por barril. Já os contratos do crude West Texas Intermediate (WTI), de referência nos Estados Unidos, caíam 5,07 dólares, ou 7,07%, sendo negociados a 66,64 dólares por barril.
Na reunião ministerial realizada esta quinta-feira, oito países membros da OPEP+ concordaram em antecipar os planos de aumento da produção. Em vez dos 135.000 barris por dia (bpd) inicialmente previstos para maio, o grupo decidiu colocar no mercado 411.000 bpd, numa tentativa de responder às dinâmicas atuais da procura e oferta.
“Primeiro vieram os receios de recessão e de queda na procura, impulsionados pela ofensiva tarifária de Trump, e agora junta-se a perspetiva de um aumento na oferta por parte da OPEP+. Como resultado, o crude sofreu um colapso em dois dias, anulando mais de metade dos ganhos do mês passado”, comentou Ole Hansen, analista do Saxo Bank. “A menos que sanções diretas ou tarifas secundárias retirem barris do mercado, os investidores voltarão a focar-se no risco de excesso de oferta e consequente pressão nos preços.”
Antes mesmo da reunião da OPEP+, os mercados já reagiam negativamente às tarifas anunciadas por Trump, com o preço do petróleo a cair cerca de 4%. Investidores receiam que estas medidas comerciais venham a desencadear uma guerra comercial de grandes proporções, afetando o crescimento económico global e reduzindo a procura por combustíveis.
Na quarta-feira, Trump revelou a aplicação de tarifas mínimas de 10% sobre a maioria dos bens importados para os Estados Unidos — o maior consumidor mundial de petróleo — com taxas significativamente mais altas sobre produtos oriundos de dezenas de países. No entanto, segundo a Casa Branca, as importações de petróleo, gás e produtos refinados ficarão isentas destas novas tarifas.
Face a este cenário, os analistas do UBS decidiram rever em baixa as suas previsões para o preço do petróleo nos anos de 2025 e 2026, reduzindo as estimativas em três dólares por barril, para os 72 dólares.
Com o ambiente global a tornar-se cada vez mais volátil, analistas e operadores antecipam fortes oscilações nos preços do petróleo a curto prazo. A incerteza prende-se com a possibilidade de alguns países tentarem negociar tarifas mais baixas ou imporem medidas retaliatórias. “As contramedidas são iminentes e, a julgar pela reação inicial do mercado, a recessão e a estagflação tornaram-se possibilidades assustadoras”, afirmou Tamas Varga, analista da PVM.
“Como as tarifas são, em última instância, pagas pelos consumidores e empresas nacionais, o seu custo acabará por aumentar, limitando o crescimento da riqueza económica”, acrescentou.
A contribuir ainda mais para o pessimismo dos mercados, os dados divulgados na quarta-feira pela Administração de Informação sobre Energia dos EUA mostraram que os inventários de crude nos Estados Unidos aumentaram inesperadamente em 6,2 milhões de barris na última semana. Este número contrasta fortemente com as previsões dos analistas, que apontavam para uma redução de 2,1 milhões de barris.
Num contexto de elevada incerteza económica e sinais contraditórios entre oferta e procura, os preços do petróleo enfrentam agora um período de grandes desafios e instabilidade, com os investidores atentos a novos desdobramentos nas frentes geopolítica e económica.

Novo Smart #3 estreia-se em Portugal no início de 2025 com preços já anunciados
O novo Smart #3 já tem chegada marcada ao mercado português para o início de 2025, sendo esperado nos concessionários nacionais logo nos primeiros meses do ano. A gama será composta por quatro versões principais — Pro, Pro+, Premium e Brabus — às quais se junta uma edição especial comemorativa dos 25 anos da marca.
Design mais ousado e atlético
Com uma estética marcadamente desportiva, o Smart #3 apresenta um design musculado, destacando-se pela frente em formato “nariz de tubarão” e pelas linhas fluídas e robustas da carroçaria. A grelha inferior de grandes dimensões e os faróis LED finos conferem-lhe um visual arrojado e moderno, complementado por detalhes em estilo pixelizado nas luzes traseiras.
As jantes em liga leve de 19 polegadas fazem parte do equipamento de série, com a versão mais desportiva Brabus a subir a fasquia para 20 polegadas, reforçando a sua vocação atlética.
Interior sofisticado e tecnológico
O habitáculo aposta num ambiente luminoso, graças ao tejadilho panorâmico com design em forma de halo, que amplia a sensação de espaço e luz natural a bordo. No posto de condução, destaca-se o painel de instrumentos digital de 9,2 polegadas, acompanhado por um ecrã multimédia táctil de 12,8 polegadas, com gráficos em 3D e funcionalidades avançadas.
Uma das novidades é o assistente virtual inteligente integrado no sistema de infoentretenimento. Ao contrário do Smart #1, onde a mascote era uma raposa, o #3 apresenta agora uma chita, representando melhor a velocidade e dinamismo do modelo totalmente eléctrico.
O Smart #3 inclui ainda um conjunto abrangente de tecnologias de apoio à condução, como o assistente de manutenção na faixa de rodagem, sistema de ajuda ao estacionamento e o assistente de condução em auto-estrada.
Potência eléctrica e autonomia
No que toca à motorização, o Smart #3 mantém as mesmas opções do seu antecessor, o Smart #1. As versões Pro, Pro+, e Premium contam com um motor traseiro de 200 kW (272 cv) e 343 Nm de binário, garantindo prestações dinâmicas e eficientes.
A versão Brabus, no entanto, eleva significativamente a potência, com dois motores que asseguram tracção integral e um total de 315 kW (428 cv) e 543 Nm, oferecendo uma experiência de condução ainda mais entusiasmante.
A gama está equipada com uma bateria de 66 kWh, que proporciona uma autonomia entre 435 e 455 quilómetros, dependendo da versão. A variante Brabus, devido à maior potência, oferece uma autonomia ligeiramente inferior, de 415 quilómetros.
A versão de entrada Pro distingue-se por utilizar uma bateria mais compacta de 49 kWh, permitindo percorrer até 330 quilómetros com uma única carga.
Preços revelados gradualmente
Apesar de ainda não terem sido revelados os preços para todas as versões, a Smart Portugal anunciou já os valores para duas das opções. A versão Pro+ estará disponível a partir dos 42.950 euros, enquanto o topo de gama Brabus terá um preço inicial de 50.450 euros.
A marca optou por uma estratégia de divulgação faseada, pelo que é esperado que os restantes preços sejam conhecidos nas próximas semanas, à medida que se aproxima o lançamento oficial.
Com este novo modelo, a Smart aposta forte no mercado dos eléctricos compactos e desportivos, oferecendo uma proposta moderna, tecnológica e adaptada aos desafios da mobilidade sustentável.

Dacia Sandero: nova geração já disponível a partir de 8 600 euros
A nova geração do Dacia Sandero e do Sandero Stepway já chegou ao mercado nacional, com um preço base de 8 600 euros. O modelo apresenta melhorias significativas face à versão anterior, lançada em 2013, destacando-se por um design renovado e um habitáculo mais moderno e próximo da identidade visual do Duster.
Design exterior e interior aprimorado
A evolução estética é evidente, com destaque para a dianteira redesenhada, onde sobressaem os faróis de nevoeiro e a nova assinatura luminosa da Dacia. Os faróis diurnos em LED incorporam quatro blocos retangulares, um estilo que também se estende às luzes traseiras.
O Sandero Stepway, por sua vez, reforça a sua identidade SUV com uma altura ao solo aumentada, proteções dianteiras e traseiras cromadas, plásticos de proteção lateral, saída de escape cromada e barras de tejadilho funcionais. Estas características tornam-no mais robusto e preparado para enfrentar diferentes tipos de terrenos.
No interior, o habitáculo também recebeu melhorias significativas. O novo design do volante e das saídas de ar no tabliê conferem um ar mais moderno. No entanto, um dos grandes trunfos do modelo continua a ser o espaço interior, especialmente para os passageiros do banco traseiro, garantindo um elevado nível de conforto.
Maior funcionalidade e novas soluções de arrumação
A Dacia introduziu novas soluções de arrumação para aumentar a funcionalidade do Sandero. Entre as novidades, destaca-se um compartimento para o telemóvel, um porta-objetos na lateral da consola e um suporte para garrafas na consola central. Além disso, os passageiros do banco traseiro passam a contar com uma tomada de 12V para maior conveniência.
Motorizações disponíveis
A gama de motorizações oferece opções para diferentes perfis de condutores. O destaque vai para o novo motor a gasolina SCe 75, um bloco atmosférico de três cilindros e 1,0 litro, que debita 75 cv de potência e 97 Nm de binário máximo. Esta versão é a mais acessível da gama, com um preço inicial de 8 600 euros.
Além desta opção, a marca disponibiliza outras variantes, incluindo o motor TCe 90 a gasolina com sistema Start & Stop, uma versão GPL (TCe 90 Bi-Fuel S&S) e um bloco diesel dCi 90 S&S. As versões a diesel podem ser associadas a uma caixa manual ou a uma transmissão pilotada Easy-R, proporcionando mais flexibilidade na condução.
Preços e versões
Gasolina
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SCe 75 Pack: 8 600 €
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TCe 90 Confort: 10 950 €
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TCe 90 Stepway: 12 950 €
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TCe 90 SL Explorer: 13 100 €
GPL
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TCe 90 Bi-Fuel Confort: 11 650 €
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TCe 90 Bi-Fuel Stepway: 13 650 €
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TCe 90 Bi-Fuel SL Explorer: 13 800 €
Diesel
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dCi 90 Confort: 14 450 €
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dCi 90 Stepway: 16 450 €
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dCi 90 SL Explorer: 16 600 €
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dCi 90 Easy-R Stepway: 16 950 €
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dCi 90 Easy-R SL Explorer: 17 100 €
Com um preço competitivo e melhorias evidentes em design, conforto e tecnologia, o novo Dacia Sandero reforça a sua posição como uma das opções mais acessíveis no segmento dos compactos.

Alemães Mostram Reticências com os Carros Elétricos – Mas o Cenário Pode Mudar em Breve
Apenas 4% dos alemães decidiram trocar os seus veículos a combustão por carros elétricos, de acordo com novos dados. No entanto, o elevado custo não é o único motivo por trás desta hesitação. Este ano poderá trazer mudanças significativas para o mercado de veículos elétricos.
Enquanto a Autoridade Federal de Transportes Motorizados (Kraftfahrt-Bundesamt, KBA) apresenta estatísticas gerais, as seguradoras oferecem informações mais detalhadas sobre os veículos particulares. Estes dados revelam que o crescimento da mobilidade elétrica tem sido mais acentuado nas frotas empresariais e nos carros de empresa.
Já os condutores particulares mostram-se mais reticentes do que os clientes empresariais. Apenas 3% dos veículos segurados pela HUK-COBURG são elétricos, e o crescimento deste segmento quase estagnou no final de 2024.
Razões para o Declínio do Mercado de Carros Elétricos
Em 2023, o mercado de carros elétricos enfrentou vários desafios, originando intensos debates sobre as razões para esta queda. Entre os principais fatores identificados estão o fim abrupto dos subsídios estatais, os preços elevados dos veículos e a limitada oferta de modelos disponíveis.
Contudo, outro motivo relevante é a falta de experiência com carros elétricos. Uma pesquisa realizada pela YouGov, em parceria com a HUK-COBURG, mostrou que os condutores que já experimentaram um carro elétrico tendem a ter uma visão mais positiva. “A aceitação e a disseminação dos carros elétricos parecem depender diretamente da experiência pessoal”, afirmou Jörg Rheinländer, membro do conselho da HUK-COBURG.
Experiência Pessoal Transforma Percepções
Segundo o estudo, 68% dos condutores alemães nunca conduziram um carro elétrico, enquanto 30% já o fizeram (os restantes não responderam). Esta diferença reflecte-se nas opiniões sobre os veículos elétricos. Entre os que nunca os conduziram, 52% consideram-nos “menos bons” ou “nada bons”. Já entre aqueles que já tiveram essa experiência, 53% avaliam-nos como “muito bons” ou “bons”. A aprovação sobe para 82% entre os proprietários de veículos elétricos.
A pesquisa, realizada no último trimestre de 2024, contou com a participação de 4.131 pessoas. Apesar do pessimismo que marcou 2023, a intenção de compra de veículos elétricos subiu consideravelmente no final de 2024. Segundo a YouGov, 19% dos inquiridos afirmaram que considerariam adquirir exclusivamente um carro elétrico no futuro, igualando os níveis de 2022 e superando os 17% registados em 2023.
Diferenças Regionais e Potencial de Crescimento
A adesão aos carros elétricos varia significativamente entre as diferentes regiões da Alemanha. Leipzig, Bremen e Dresden registaram as taxas mais baixas, com Dresden a apresentar apenas 2,5% e Frankfurt a alcançar 4%. Contudo, estas percentagens representam grupos reduzidos de condutores que abandonaram os veículos a combustão.
Por outro lado, o distrito de Starnberg destacou-se positivamente. Lá, 8% dos segurados pela HUK-COBURG trocaram os veículos a combustão por elétricos. Especialistas explicam este dado com factores regionais, como a predominância de casas unifamiliares, que permitem a instalação de estações de carregamento privadas, e o elevado nível de rendimento da região, uma das mais ricas do país.
Com estas condições favoráveis, espera-se que a aceitação dos veículos elétricos cresça noutras regiões, especialmente com o desenvolvimento das infraestruturas de carregamento e o aumento da diversidade de modelos no mercado. O ano de 2025 poderá ser um ponto de viragem importante na mobilidade elétrica na Alemanha.

Aumento nos Preços dos Combustíveis Previsto para a Próxima Semana
A partir da próxima segunda-feira, os consumidores portugueses devem se preparar para um aumento nos preços dos combustíveis. Tanto a gasolina quanto o gasóleo estão previstos para subir cerca de 3 cêntimos por litro, segundo estimativas apresentadas pelo Automóvel Club de Portugal (ACP), que analisou dados de fontes da indústria.
O aumento é justificado por várias razões, incluindo as flutuações no mercado internacional de petróleo e as pressões inflacionárias que afetam a economia global. Esses fatores têm impacto direto nos custos de produção e transporte de combustíveis, que acabam por se refletir nos preços ao consumidor. Em Portugal, tal aumento pode pesar no orçamento de muitas famílias, sobretudo àquelas que dependem do automóvel para o dia a dia.
O ACP alerta, no entanto, que as previsões para o preço dos combustíveis ainda podem sofrer alterações até o início da semana, dependendo da evolução do mercado até lá. Os preços finais variam entre os postos de abastecimento e podem refletir também a margem de lucro de cada distribuidora, além das políticas locais de impostos sobre combustíveis.
A decisão de ajustar os preços reflete um panorama mais amplo, onde se observa um aumento constante na procura global por combustíveis, ao mesmo tempo que ocorrem restrições na oferta. Alguns especialistas apontam que a estabilidade do preço do petróleo está ameaçada pelas políticas de corte na produção, adotadas por países exportadores, o que pode manter a tendência de alta nas bombas de combustível.
Os condutores são aconselhados a monitorar os preços nos seus postos de abastecimento habituais, onde podem ocorrer pequenas variações, e a considerar alternativas para economizar combustível, como o uso de transportes públicos ou a partilha de viagens em deslocações diárias. A ACP reforça a importância de verificar o preço no próprio posto de abastecimento antes de encher o tanque, para evitar surpresas desagradáveis no momento do pagamento.
Além disso, a questão do aumento nos preços dos combustíveis reacende o debate sobre a necessidade de Portugal avançar com uma política energética que reduza a dependência de combustíveis fósseis. Muitos especialistas defendem um maior investimento em energias renováveis e em políticas de incentivo para veículos elétricos e híbridos, como forma de mitigar os impactos da volatilidade dos preços internacionais do petróleo.
Essas mudanças, no entanto, exigem planejamento a longo prazo e dependem de incentivos governamentais e do engajamento da sociedade. A transição energética é vista como um dos caminhos para garantir uma maior estabilidade nos custos energéticos e, ao mesmo tempo, contribuir para a redução das emissões de carbono, alinhando-se às metas climáticas da União Europeia.
Enquanto o país enfrenta mais uma onda de aumento nos combustíveis, o impacto econômico é sentido não apenas pelos consumidores individuais, mas também pelas empresas que dependem do transporte para suas operações diárias. Esse aumento poderá refletir-se nos preços dos produtos e serviços, criando uma cadeia de repercussões em diferentes setores da economia.
Apesar das previsões, ainda há esperança de que os preços se estabilizem nas próximas semanas, caso o mercado internacional reaja a favor dos consumidores. Até lá, muitos portugueses já consideram alternativas para minimizar o impacto desses aumentos, desde mudanças no uso do veículo até o planejamento de viagens de forma mais econômica.
A ACP seguirá monitorizando a situação e informará sobre quaisquer novas variações nos preços dos combustíveis, mantendo os consumidores atualizados sobre possíveis alterações