Mercado sul-coreano encerra em baixa com receios sobre os EUA, enquanto governo impulsiona a indústria de semicondutores de IA
Os mercados de ações da Coreia do Sul fecharam em território negativo esta terça-feira, influenciados pela crescente incerteza em torno de uma possível paralisação do governo federal dos Estados Unidos e pela procura de liquidez por parte dos investidores antes de um longo período de feriados no país. Em contrapartida, o governo sul-coreano demonstrou uma forte aposta no futuro tecnológico, ao lançar uma nova iniciativa para fortalecer o ecossistema de semicondutores de Inteligência Artificial (IA).
Análise do fecho dos mercados
O principal índice da bolsa sul-coreana, o KOSPI, encerrou a sessão com uma queda de 6,94 pontos (0,20%), fixando-se nos 3.424,27 pontos. Apesar de ter iniciado o dia em alta, a tendência não se manteve. O índice KOSDAQ também registou perdas, caindo 0,50% para 842,51 pontos.
Segundo analistas, o nervosismo dos investidores foi agravado pelos receios de um shutdown do governo norte-americano. “A preocupação com a paralisação do governo federal dos EUA está a aumentar”, explicou Lee Kyung-min, analista da Daishin Securities. “Embora episódios anteriores não tenham tido um impacto duradouro nos mercados financeiros, a possibilidade de despedimentos de funcionários públicos e o adiamento de indicadores económicos importantes, como os dados do emprego de outubro, estão a gerar um clima de cautela.”
No mercado KOSPI, os investidores individuais e institucionais venderam ações, enquanto os investidores estrangeiros realizaram compras líquidas. Entre as empresas de maior capitalização, destacaram-se as subidas da Hanwha Aerospace (4,53%) e da HD Hyundai Heavy Industries (4,78%). Em sentido contrário, empresas como NAVER (-2,19%), LG Energy Solution (-1,14%) e Samsung Electronics (-0,36%) terminaram o dia com perdas.
Governo lança aliança estratégica para semicondutores de IA
Num movimento estratégico que contrasta com a instabilidade dos mercados, o Ministério do Comércio, Indústria e Energia da Coreia do Sul organizou um fórum no Global Convergence Center em Seongnam para lançar o projeto “K-On-Device AI Semiconductor”. O evento marcou o primeiro passo da “Aliança M.AX”, uma iniciativa que visa transformar a Coreia do Sul na principal potência de fabrico e automação industrial (AX) baseada em IA até 2030.
O fórum reuniu mais de 150 figuras proeminentes da indústria, incluindo empresas dos setores automóvel, IoT, robótica e defesa, bem como empresas fabless (design de chips) como a DeepX, a Mobilint e a FuriosaAI, foundries (fabrico de chips) e gigantes globais de propriedade intelectual (IP) como a Arm.
Um ecossistema de colaboração para o futuro
Durante o evento, foram apresentadas demonstrações tecnológicas e o plano de ação do governo. Foi também assinado um memorando de entendimento entre o ministério e os principais intervenientes da indústria para garantir o sucesso do projeto.
A Aliança M.AX foi desenhada para fortalecer a ligação entre os vários elos da cadeia de valor. As empresas de setores como o automóvel e a robótica irão partilhar dados e apoiar testes em cenários reais, garantindo que os novos semicondutores de IA sejam efetivamente integrados e produzidos em massa. Por sua vez, as foundries e as empresas de IP, como a Samsung Foundry e a Arm, comprometeram-se a apoiar os consórcios participantes para que os protótipos possam ser produzidos de forma atempada e a custos competitivos.
O Ministro do Comércio, Indústria e Energia, Kim Jeong-gwan, sublinhou a importância da iniciativa: “Os semicondutores de IA são o motor de inovação que permitirá a grande transformação de produtos avançados, como veículos autónomos e humanoides. O governo irá lançar rapidamente este projeto de desenvolvimento tecnológico no próximo ano para garantir que alcançamos uma vantagem competitiva crucial no hardware.”
Wall Street Atinge Novos Máximos Históricos e S&P Global Anuncia Índice para Metais de Baterias
Num dia de grande dinamismo para os mercados financeiros, as bolsas de Nova Iorque encerraram com ganhos expressivos, levando os índices S&P 500 e Dow Jones a quebrar novos recordes. Paralelamente, a S&P Global Commodity Insights anunciou uma iniciativa estratégica para o setor dos veículos elétricos, com o lançamento de um novo índice global focado nos metais essenciais para baterias.
Recordes no S&P 500 e Dow Jones Impulsionam Mercados
A sessão desta terça-feira foi marcada pelo otimismo em Wall Street. O índice de referência S&P 500 registou uma subida de 0,71%, alcançando os 5.792,04 pontos, um novo máximo histórico. O índice industrial Dow Jones acompanhou a tendência e valorizou 1,03%, fechando nos 42.512 pontos, também um valor recorde. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq avançou 0,6%, para os 18.291,62 pontos, consolidando o sentimento positivo geral.
Gigantes Tecnológicas em Foco e Incerteza na Fed
O comportamento dos investidores foi influenciado por vários fatores. No plano empresarial, as atenções estiveram centradas na Alphabet, a empresa-mãe da Google, que recuou 1,59%. A queda surge após o Departamento de Justiça dos EUA ter tornado público que pondera exigir a separação de alguns negócios da Google para combater práticas de monopólio. Em sentido contrário, outras gigantes tecnológicas tiveram um dia positivo, com a Amazon a ganhar 1,34% e a Apple a valorizar 1,67%. Os investidores analisaram também as atas da última reunião da Reserva Federal (Fed), que revelaram uma divisão de opiniões entre os governadores sobre a magnitude de futuros cortes nas taxas de juro, um fator que continua a gerar alguma incerteza.
S&P Global Anuncia Índice Estratégico para Metais de Baterias
Reforçando a sua aposta em setores de futuro, a Platts, uma divisão da S&P Global Commodity Insights, anunciou o lançamento do Platts Global Battery Metals Index (PGBMI), com início a 1 de outubro de 2025. Este novo índice tem como objetivo representar um preço global para os principais metais utilizados no fabrico de baterias para veículos elétricos, fornecendo uma referência crucial para uma indústria em rápida expansão.
Uma Cesta Ponderada para Refletir a Realidade do Mercado
O novo índice será calculado diariamente em dólares por tonelada métrica ($/mt) e basear-se-á numa média ponderada de várias matérias-primas essenciais. A composição reflete o peso proporcional de cada material no fabrico de uma bateria do tipo NMC811, um padrão comum no setor automóvel.
A estrutura de ponderação do índice é a seguinte:
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Sulfato de Níquel: 62,55%
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Sulfato de Manganês: 15,11%
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Sulfato de Cobalto: 12,51%
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Espodumena de Lítio (6,0% Li₂O): 4,915%
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Hidróxido de Lítio: 4,915%
A metodologia assume um peso igual para as duas formas de lítio e inclui ajustes no preço da espodumena para refletir os custos de frete, conversão e processamento. A S&P Global reavaliará a composição do índice pelo menos uma vez por ano para garantir que este se mantém alinhado com as evoluções do mercado.
Euribor com variações distintas nos diferentes prazos
A Euribor registou oscilações nos seus principais prazos, com descida a três meses e subidas a seis e a 12 meses. Atualmente, a taxa a três meses desceu para 3,265%, mantendo-se acima da taxa a seis meses, que subiu para 3,058%, e da taxa a 12 meses, que aumentou para 2,798%.
A taxa Euribor a seis meses, que é desde o início do ano a mais usada em Portugal nos contratos de crédito à habitação de taxa variável, registou um ligeiro acréscimo. Segundo dados do Banco de Portugal relativos ao mês de agosto, cerca de 37,6% dos empréstimos para aquisição de habitação própria com taxa variável estão indexados a este prazo. Os contratos indexados à Euribor a 12 meses representam 33,2%, enquanto os que seguem a taxa a três meses totalizam 25,8% do mercado.
No prazo de 12 meses, a Euribor subiu para 2,798%, um acréscimo face ao valor anterior. Recorde-se que esta taxa chegou a superar os 4% em períodos recentes.
Em contraste, a Euribor a três meses recuou ligeiramente, fixando-se agora em 3,265%. Esta evolução revela que, apesar das recentes subidas dos prazos mais longos, os prazos curtos tendem a estabilizar ou a diminuir.
Quando analisada a média das taxas Euribor ao longo do mês de setembro, verifica-se uma descida em todos os prazos, embora de forma menos marcada do que em agosto e com menor intensidade nas maturidades mais curtas. A média a três meses baixou 0,114 pontos para 3,434%, a seis meses caiu 0,167 pontos para 3,258%, enquanto a média a 12 meses diminuiu 0,230 pontos, situando-se em 2,936%.
Estas flutuações ocorrem num contexto de ajustamentos de política monetária. O Banco Central Europeu (BCE) decidiu recentemente reduzir a sua principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, após ter mantido as taxas de juro inalteradas na reunião anterior. Antes disso, o BCE tinha descido as taxas diretoras em junho, após um período de estabilidade em valores máximos desde 2001, e após dez aumentos sucessivos desde julho de 2022.
Também a Reserva Federal dos Estados Unidos implementou um corte nas taxas de juro, reduzindo-as em 50 pontos base, numa decisão que marcou a primeira descida desde 2020.
A próxima reunião de política monetária do BCE está prevista para ocorrer em outubro, na Eslovénia, e poderá trazer novas orientações quanto à evolução das taxas na zona euro.
A Euribor é determinada pela média das taxas a que um grupo de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário, sendo um dos principais indicadores para a evolução dos créditos à habitação em Portugal e no resto da Europa.
Nova reserva contracíclica do Banco de Portugal impõe maior exigência de capital ao BCP
O Banco de Portugal anunciou a introdução de uma nova reserva de capital contracíclica de 0,75%, que incidirá sobre a exposição dos bancos ao setor privado não financeiro em Portugal. Esta medida está prevista para entrar em vigor a partir de 1 de janeiro de 2026, tanto numa base individual como consolidada.
A decisão insere-se na estratégia do regulador para reforçar a resiliência do sistema financeiro nacional face a eventuais choques económicos, num contexto em que os riscos para a estabilidade financeira aumentaram nos últimos anos. A reserva contracíclica pretende, assim, funcionar como um colchão adicional que os bancos terão de constituir para prevenir desequilíbrios nos ciclos económicos.
Segundo cálculos efetuados com base nos relatórios e contas de 2023, o banco que enfrentará o maior impacto desta medida é o BCP (Banco Comercial Português). O Jornal Económico analisou os Ativos Ponderados pelo Risco (RWA – Risk-Weighted Assets) das principais instituições financeiras do país e apurou que o BCP detinha, no final do ano passado, 39.751 milhões de euros em RWAs.
Aplicando a nova taxa de 0,75% sobre esse montante, o BCP terá de constituir uma reserva adicional de aproximadamente 297,9 milhões de euros. Trata-se, portanto, da maior almofada exigida entre os cinco maiores bancos a operar em Portugal.
Esta obrigação de reforço de capital poderá ter implicações diretas na estratégia de alocação de recursos do BCP, obrigando o banco a ajustar os seus planos de investimento, distribuição de dividendos ou até a sua política de concessão de crédito. Ainda que a medida só entre em vigor em 2026, as instituições terão de começar a preparar-se desde já para garantir o cumprimento dos requisitos regulamentares.
Recorde-se que a reserva contracíclica é uma ferramenta prudencial que tem vindo a ganhar relevância em vários mercados europeus, sobretudo em fases de crescimento económico mais prolongado, onde se acumulam vulnerabilidades financeiras. Ao exigir aos bancos que reforcem o seu capital em períodos de expansão, o regulador procura mitigar os efeitos de eventuais crises futuras.
No caso português, esta será a primeira vez que o Banco de Portugal estabelece uma taxa positiva para a reserva contracíclica, sinalizando uma mudança na perceção dos riscos associados à evolução do crédito ao setor privado. Os restantes bancos, embora com menor exposição do que o BCP, também terão de constituir reservas proporcionais ao seu nível de ativos ponderados pelo risco.
A medida reforça a tendência crescente de uma supervisão mais exigente no setor financeiro nacional, num momento em que os bancos portugueses apresentam níveis de capital mais robustos do que no passado, mas continuam a ser desafiados por um ambiente macroeconómico incerto e pelas exigências do novo quadro regulatório europeu.
Petróleo afunda mais de 6% devido às tarifas de Trump e ao aumento acelerado da produção da OPEP+
Os preços do petróleo registaram uma queda acentuada esta quinta-feira, pressionados por dois acontecimentos de grande impacto: a decisão do grupo OPEP+ de acelerar o aumento da produção de petróleo já em maio e o anúncio de novas tarifas comerciais abrangentes por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quarta-feira.
Por volta das 13h05 GMT, os futuros do Brent recuavam 4,93 dólares, ou 6,58%, situando-se nos 70,02 dólares por barril. Já os contratos do crude West Texas Intermediate (WTI), de referência nos Estados Unidos, caíam 5,07 dólares, ou 7,07%, sendo negociados a 66,64 dólares por barril.
Na reunião ministerial realizada esta quinta-feira, oito países membros da OPEP+ concordaram em antecipar os planos de aumento da produção. Em vez dos 135.000 barris por dia (bpd) inicialmente previstos para maio, o grupo decidiu colocar no mercado 411.000 bpd, numa tentativa de responder às dinâmicas atuais da procura e oferta.
“Primeiro vieram os receios de recessão e de queda na procura, impulsionados pela ofensiva tarifária de Trump, e agora junta-se a perspetiva de um aumento na oferta por parte da OPEP+. Como resultado, o crude sofreu um colapso em dois dias, anulando mais de metade dos ganhos do mês passado”, comentou Ole Hansen, analista do Saxo Bank. “A menos que sanções diretas ou tarifas secundárias retirem barris do mercado, os investidores voltarão a focar-se no risco de excesso de oferta e consequente pressão nos preços.”
Antes mesmo da reunião da OPEP+, os mercados já reagiam negativamente às tarifas anunciadas por Trump, com o preço do petróleo a cair cerca de 4%. Investidores receiam que estas medidas comerciais venham a desencadear uma guerra comercial de grandes proporções, afetando o crescimento económico global e reduzindo a procura por combustíveis.
Na quarta-feira, Trump revelou a aplicação de tarifas mínimas de 10% sobre a maioria dos bens importados para os Estados Unidos — o maior consumidor mundial de petróleo — com taxas significativamente mais altas sobre produtos oriundos de dezenas de países. No entanto, segundo a Casa Branca, as importações de petróleo, gás e produtos refinados ficarão isentas destas novas tarifas.
Face a este cenário, os analistas do UBS decidiram rever em baixa as suas previsões para o preço do petróleo nos anos de 2025 e 2026, reduzindo as estimativas em três dólares por barril, para os 72 dólares.
Com o ambiente global a tornar-se cada vez mais volátil, analistas e operadores antecipam fortes oscilações nos preços do petróleo a curto prazo. A incerteza prende-se com a possibilidade de alguns países tentarem negociar tarifas mais baixas ou imporem medidas retaliatórias. “As contramedidas são iminentes e, a julgar pela reação inicial do mercado, a recessão e a estagflação tornaram-se possibilidades assustadoras”, afirmou Tamas Varga, analista da PVM.
“Como as tarifas são, em última instância, pagas pelos consumidores e empresas nacionais, o seu custo acabará por aumentar, limitando o crescimento da riqueza económica”, acrescentou.
A contribuir ainda mais para o pessimismo dos mercados, os dados divulgados na quarta-feira pela Administração de Informação sobre Energia dos EUA mostraram que os inventários de crude nos Estados Unidos aumentaram inesperadamente em 6,2 milhões de barris na última semana. Este número contrasta fortemente com as previsões dos analistas, que apontavam para uma redução de 2,1 milhões de barris.
Num contexto de elevada incerteza económica e sinais contraditórios entre oferta e procura, os preços do petróleo enfrentam agora um período de grandes desafios e instabilidade, com os investidores atentos a novos desdobramentos nas frentes geopolítica e económica.
Dacia Sandero: nova geração já disponível a partir de 8 600 euros
A nova geração do Dacia Sandero e do Sandero Stepway já chegou ao mercado nacional, com um preço base de 8 600 euros. O modelo apresenta melhorias significativas face à versão anterior, lançada em 2013, destacando-se por um design renovado e um habitáculo mais moderno e próximo da identidade visual do Duster.
Design exterior e interior aprimorado
A evolução estética é evidente, com destaque para a dianteira redesenhada, onde sobressaem os faróis de nevoeiro e a nova assinatura luminosa da Dacia. Os faróis diurnos em LED incorporam quatro blocos retangulares, um estilo que também se estende às luzes traseiras.
O Sandero Stepway, por sua vez, reforça a sua identidade SUV com uma altura ao solo aumentada, proteções dianteiras e traseiras cromadas, plásticos de proteção lateral, saída de escape cromada e barras de tejadilho funcionais. Estas características tornam-no mais robusto e preparado para enfrentar diferentes tipos de terrenos.
No interior, o habitáculo também recebeu melhorias significativas. O novo design do volante e das saídas de ar no tabliê conferem um ar mais moderno. No entanto, um dos grandes trunfos do modelo continua a ser o espaço interior, especialmente para os passageiros do banco traseiro, garantindo um elevado nível de conforto.
Maior funcionalidade e novas soluções de arrumação
A Dacia introduziu novas soluções de arrumação para aumentar a funcionalidade do Sandero. Entre as novidades, destaca-se um compartimento para o telemóvel, um porta-objetos na lateral da consola e um suporte para garrafas na consola central. Além disso, os passageiros do banco traseiro passam a contar com uma tomada de 12V para maior conveniência.
Motorizações disponíveis
A gama de motorizações oferece opções para diferentes perfis de condutores. O destaque vai para o novo motor a gasolina SCe 75, um bloco atmosférico de três cilindros e 1,0 litro, que debita 75 cv de potência e 97 Nm de binário máximo. Esta versão é a mais acessível da gama, com um preço inicial de 8 600 euros.
Além desta opção, a marca disponibiliza outras variantes, incluindo o motor TCe 90 a gasolina com sistema Start & Stop, uma versão GPL (TCe 90 Bi-Fuel S&S) e um bloco diesel dCi 90 S&S. As versões a diesel podem ser associadas a uma caixa manual ou a uma transmissão pilotada Easy-R, proporcionando mais flexibilidade na condução.
Preços e versões
Gasolina
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SCe 75 Pack: 8 600 €
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TCe 90 Confort: 10 950 €
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TCe 90 Stepway: 12 950 €
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TCe 90 SL Explorer: 13 100 €
GPL
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TCe 90 Bi-Fuel Confort: 11 650 €
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TCe 90 Bi-Fuel Stepway: 13 650 €
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TCe 90 Bi-Fuel SL Explorer: 13 800 €
Diesel
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dCi 90 Confort: 14 450 €
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dCi 90 Stepway: 16 450 €
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dCi 90 SL Explorer: 16 600 €
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dCi 90 Easy-R Stepway: 16 950 €
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dCi 90 Easy-R SL Explorer: 17 100 €
Com um preço competitivo e melhorias evidentes em design, conforto e tecnologia, o novo Dacia Sandero reforça a sua posição como uma das opções mais acessíveis no segmento dos compactos.
Alemães Mostram Reticências com os Carros Elétricos – Mas o Cenário Pode Mudar em Breve
Apenas 4% dos alemães decidiram trocar os seus veículos a combustão por carros elétricos, de acordo com novos dados. No entanto, o elevado custo não é o único motivo por trás desta hesitação. Este ano poderá trazer mudanças significativas para o mercado de veículos elétricos.
Enquanto a Autoridade Federal de Transportes Motorizados (Kraftfahrt-Bundesamt, KBA) apresenta estatísticas gerais, as seguradoras oferecem informações mais detalhadas sobre os veículos particulares. Estes dados revelam que o crescimento da mobilidade elétrica tem sido mais acentuado nas frotas empresariais e nos carros de empresa.
Já os condutores particulares mostram-se mais reticentes do que os clientes empresariais. Apenas 3% dos veículos segurados pela HUK-COBURG são elétricos, e o crescimento deste segmento quase estagnou no final de 2024.
Razões para o Declínio do Mercado de Carros Elétricos
Em 2023, o mercado de carros elétricos enfrentou vários desafios, originando intensos debates sobre as razões para esta queda. Entre os principais fatores identificados estão o fim abrupto dos subsídios estatais, os preços elevados dos veículos e a limitada oferta de modelos disponíveis.
Contudo, outro motivo relevante é a falta de experiência com carros elétricos. Uma pesquisa realizada pela YouGov, em parceria com a HUK-COBURG, mostrou que os condutores que já experimentaram um carro elétrico tendem a ter uma visão mais positiva. “A aceitação e a disseminação dos carros elétricos parecem depender diretamente da experiência pessoal”, afirmou Jörg Rheinländer, membro do conselho da HUK-COBURG.
Experiência Pessoal Transforma Percepções
Segundo o estudo, 68% dos condutores alemães nunca conduziram um carro elétrico, enquanto 30% já o fizeram (os restantes não responderam). Esta diferença reflecte-se nas opiniões sobre os veículos elétricos. Entre os que nunca os conduziram, 52% consideram-nos “menos bons” ou “nada bons”. Já entre aqueles que já tiveram essa experiência, 53% avaliam-nos como “muito bons” ou “bons”. A aprovação sobe para 82% entre os proprietários de veículos elétricos.
A pesquisa, realizada no último trimestre de 2024, contou com a participação de 4.131 pessoas. Apesar do pessimismo que marcou 2023, a intenção de compra de veículos elétricos subiu consideravelmente no final de 2024. Segundo a YouGov, 19% dos inquiridos afirmaram que considerariam adquirir exclusivamente um carro elétrico no futuro, igualando os níveis de 2022 e superando os 17% registados em 2023.
Diferenças Regionais e Potencial de Crescimento
A adesão aos carros elétricos varia significativamente entre as diferentes regiões da Alemanha. Leipzig, Bremen e Dresden registaram as taxas mais baixas, com Dresden a apresentar apenas 2,5% e Frankfurt a alcançar 4%. Contudo, estas percentagens representam grupos reduzidos de condutores que abandonaram os veículos a combustão.
Por outro lado, o distrito de Starnberg destacou-se positivamente. Lá, 8% dos segurados pela HUK-COBURG trocaram os veículos a combustão por elétricos. Especialistas explicam este dado com factores regionais, como a predominância de casas unifamiliares, que permitem a instalação de estações de carregamento privadas, e o elevado nível de rendimento da região, uma das mais ricas do país.
Com estas condições favoráveis, espera-se que a aceitação dos veículos elétricos cresça noutras regiões, especialmente com o desenvolvimento das infraestruturas de carregamento e o aumento da diversidade de modelos no mercado. O ano de 2025 poderá ser um ponto de viragem importante na mobilidade elétrica na Alemanha.
IRS Jovem estendido até aos primeiros 10 anos de trabalho ou até aos 35 anos
O Governo de Portugal anunciou uma proposta que alarga o benefício fiscal do IRS Jovem, permitindo que os jovens trabalhadores tenham acesso a reduções no imposto de rendimento durante os seus primeiros 10 anos de trabalho, independentemente do nível de escolaridade, e estendendo a medida até aos 35 anos de idade.
De acordo com a proposta incluída no Orçamento do Estado para 2025, o IRS Jovem será completamente isento no primeiro ano de trabalho. A partir daí, a isenção será progressiva: 75% de redução entre o 2.º e o 4.º ano, 50% entre o 5.º e o 7.º ano, e 25% entre o 8.º e o 10.º ano de trabalho. Este modelo representa um compromisso entre a proposta inicial do Governo, que previa benefícios fiscais para os primeiros 13 anos de trabalho, e a contraproposta do Partido Socialista, que defendia reduções apenas para os primeiros sete anos.
Impacto financeiro do novo modelo
O modelo atual do IRS Jovem, que abrange os primeiros cinco anos de trabalho, tem um impacto de 250 milhões de euros no Orçamento do Estado para 2025. Já a proposta alargada, caso aprovada, terá um custo estimado de 525 milhões de euros. Esta diferença reflete o aumento do período de isenção e o consequente alívio fiscal para os jovens trabalhadores.
A medida terá, no entanto, um limite de aplicação. Apenas trabalhadores com rendimentos anuais coletáveis de até 28 mil euros, o equivalente a 55 Indexantes de Apoios Sociais (IAS) e ao 6.º escalão de rendimento, poderão beneficiar das reduções.
Alterações significativas
Uma das principais mudanças na proposta é a eliminação do critério de escolaridade, que anteriormente restringia o acesso ao IRS Jovem a jovens com formação académica específica. Esta alteração torna o benefício acessível a um público mais amplo, promovendo maior equidade no sistema fiscal e incentivando a entrada de jovens no mercado de trabalho, independentemente do seu percurso educacional.
Atualmente, o IRS Jovem oferece isenção total ou parcial de imposto apenas nos primeiros cinco anos de trabalho, com limites de rendimento que diminuem ao longo do tempo. Com a nova proposta, o horizonte do benefício será ampliado, oferecendo um incentivo fiscal mais duradouro e significativo para esta faixa etária.
A medida deverá ser discutida e votada no âmbito do Orçamento do Estado para 2025, com impacto direto na renda disponível dos jovens trabalhadores e no estímulo à sua inserção e permanência no mercado de trabalho.