

Asston Pharmaceuticals prepara entrada na bolsa com IPO de R$ 27,56 crores
Abertura oficial da oferta pública
A Asston Pharmaceuticals Limited, empresa especializada em produtos farmacêuticos e nutracêuticos, com sede em Navi Mumbai, Maharashtra, anunciou que abrirá a sua Oferta Pública Inicial (IPO) no dia 9 de julho de 2025. A operação tem como objetivo captar aproximadamente ₹27,56 crores. As ações serão listadas na plataforma de pequenas e médias empresas da BSE Limited (BSE SME).
A emissão será realizada por meio de um processo 100% book building, de acordo com os regulamentos estabelecidos pela SEBI (Securities and Exchange Board of India).
Distribuição das ações
A estrutura de alocação das ações da IPO da Asston será a seguinte:
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Investidores Âncoras (QIB Anchor): até 6.35.000 ações ordinárias
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Investidores Institucionais Qualificados (QIB): até 4.25.000 ações
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Investidores Não Institucionais (NII): até 3.22.000 ações
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Investidores Individuais de Varejo (RII): até 7.46.000 ações
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Market Maker: até 1.13.000 ações
Utilização dos recursos arrecadados
Os recursos líquidos obtidos com a oferta serão destinados à aquisição de novos equipamentos para a unidade de produção, reforço do capital de giro, amortização parcial ou total de dívidas em aberto e outras finalidades corporativas gerais.
A tranche para investidores âncoras será aberta no dia 8 de julho de 2025. O período de subscrição pública decorre entre os dias 9 e 11 de julho de 2025.
O coordenador líder da oferta é a Sobhagya Capital Options Private Limited, e o registo ficará a cargo da Maashitla Securities Private Limited.
Declaração da administração da empresa
O Diretor Executivo da Asston Pharmaceuticals Limited, Dr. Ashish Narayan Sakalkar, afirmou: “Estamos entusiasmados por anunciar a entrada da Asston Pharmaceuticals no mercado de capitais, um passo crucial na nossa trajetória de crescimento, inovação e compromisso com a excelência na área da saúde. Este IPO representa um marco importante na nossa evolução como fabricante de medicamentos, oferecendo soluções terapêuticas de qualidade, acessíveis e confiáveis para diversos segmentos.”
Sakalkar destacou ainda que a empresa vem ampliando gradualmente a sua presença no setor, com um portefólio robusto de formulações, foco na eficiência produtiva e forte conformidade regulatória. “Investimos continuamente em infraestruturas, talento humano e investigação e desenvolvimento para garantir um crescimento sustentável”, reforçou o executivo.
Indicadores do mercado cinzento (GMP) e estimativas de retorno
Segundo dados mais recentes, o prémio no mercado cinzento (GMP) da IPO da Asston Pharmaceuticals alcançou ₹10 em 5 de julho, após ter iniciado a ₹0 no dia anterior. Atualmente, o GMP mantém-se nos ₹10.
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Taxa Kostak: não divulgada até o momento.
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Valor estimado ‘Subject to Sauda’: ₹7.600
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Retorno esperado: 8%
Detalhes adicionais sobre a emissão
A IPO será estruturada como uma emissão do tipo book building, composta exclusivamente por uma oferta primária no valor total de ₹27,56 crores. O preço por ação será definido dentro da faixa de ₹115 a ₹123.
A distribuição por tipo de investidor será: 35% para o público de varejo, 50% para QIBs e 15% para HNIs (investidores de grande porte). A data prevista para listagem das ações na BSE é 16 de julho de 2025, com a alocação final agendada para 14 de julho de 2025.
Resultados financeiros impulsionam confiança
Em termos de desempenho financeiro, a empresa registou uma receita de ₹25,61 crores no ano de 2025, contra ₹15,84 crores em 2024. O lucro também apresentou um crescimento expressivo, saltando de ₹1,36 crores em 2024 para ₹4,33 crores em 2025.
Com base nesses resultados, analistas recomendam o investimento na IPO da Asston Pharmaceuticals com uma perspectiva de longo prazo, apostando no contínuo crescimento e fortalecimento da empresa no setor farmacêutico indiano.

Nova reserva contracíclica do Banco de Portugal impõe maior exigência de capital ao BCP
O Banco de Portugal anunciou a introdução de uma nova reserva de capital contracíclica de 0,75%, que incidirá sobre a exposição dos bancos ao setor privado não financeiro em Portugal. Esta medida está prevista para entrar em vigor a partir de 1 de janeiro de 2026, tanto numa base individual como consolidada.
A decisão insere-se na estratégia do regulador para reforçar a resiliência do sistema financeiro nacional face a eventuais choques económicos, num contexto em que os riscos para a estabilidade financeira aumentaram nos últimos anos. A reserva contracíclica pretende, assim, funcionar como um colchão adicional que os bancos terão de constituir para prevenir desequilíbrios nos ciclos económicos.
Segundo cálculos efetuados com base nos relatórios e contas de 2023, o banco que enfrentará o maior impacto desta medida é o BCP (Banco Comercial Português). O Jornal Económico analisou os Ativos Ponderados pelo Risco (RWA – Risk-Weighted Assets) das principais instituições financeiras do país e apurou que o BCP detinha, no final do ano passado, 39.751 milhões de euros em RWAs.
Aplicando a nova taxa de 0,75% sobre esse montante, o BCP terá de constituir uma reserva adicional de aproximadamente 297,9 milhões de euros. Trata-se, portanto, da maior almofada exigida entre os cinco maiores bancos a operar em Portugal.
Esta obrigação de reforço de capital poderá ter implicações diretas na estratégia de alocação de recursos do BCP, obrigando o banco a ajustar os seus planos de investimento, distribuição de dividendos ou até a sua política de concessão de crédito. Ainda que a medida só entre em vigor em 2026, as instituições terão de começar a preparar-se desde já para garantir o cumprimento dos requisitos regulamentares.
Recorde-se que a reserva contracíclica é uma ferramenta prudencial que tem vindo a ganhar relevância em vários mercados europeus, sobretudo em fases de crescimento económico mais prolongado, onde se acumulam vulnerabilidades financeiras. Ao exigir aos bancos que reforcem o seu capital em períodos de expansão, o regulador procura mitigar os efeitos de eventuais crises futuras.
No caso português, esta será a primeira vez que o Banco de Portugal estabelece uma taxa positiva para a reserva contracíclica, sinalizando uma mudança na perceção dos riscos associados à evolução do crédito ao setor privado. Os restantes bancos, embora com menor exposição do que o BCP, também terão de constituir reservas proporcionais ao seu nível de ativos ponderados pelo risco.
A medida reforça a tendência crescente de uma supervisão mais exigente no setor financeiro nacional, num momento em que os bancos portugueses apresentam níveis de capital mais robustos do que no passado, mas continuam a ser desafiados por um ambiente macroeconómico incerto e pelas exigências do novo quadro regulatório europeu.